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quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Nancy Pelanca, a deusa do circuit breaker
Washington, depois de Cristo -- A presidente da Câmara, Nancy Pelanca, foi eleita na noite de ontem, em votação unânime por uma comissão de anônimos, a rainha do "circuit breaker".
Como se não bastassem as notícias ruins da economia americana, a quebradeira dos bancos, a chuva que castigou São Paulo, o aumento no preço da torta de limão e a Petrobrás que não sobe, a ilustre senhora lançou outras pérolas ao porcos capitalistas, ou seja, nós.
Tudo começou no final de semana, onde a redação de três páginas mal-feitas do filho do Paul, tirou todos os deputados do seu merecido descanso (lá eles, ao menos, fingem que trabalham), para ser reescrever o garrancho e transformar-se automaticamente no best-seller de títulos podres que o mercado estava precisando. Todo mundo de saco cheio, o mundo inteiro de olho no resultado do trabalho de final de semana, tudo no esquema para ser aprovado com um C+.
Aí aparece essa "demo" de cara azeda ao lado, e solta que a culpa é dos republicanos. Ok, a culpa até é do Bushit mas, catzo, quem quer saber? Tudo mundo quer ver o mercado bombando, a bolsa subindo (ou, pelo menos, saindo da vala) e os bancos sendo salvos, com o dinheiro dos outros.
"Era exatamente o que estávamos esperando", disse Zé Colméia, porta-voz dos ursos. "Mandamos vender até as cuecas, porque o mercado só estava esperando. Só não deu pra vender descoberto, mas espere mais uns dias e vocês vão ver o que é 'bear raid'" completou Catatau, auxiliar para assuntos aleatórios.
Rapidamente (ou melhor, não tão rápido quanto gostaríamos), os senadores bateram no peito e chamaram a responsabilidade. Diferente do presidente Molusco, que acha que o mercado de capitais é um cassino -- na verdade, é uma loteria --, eles entenderam que a economia indo pro brejo, o país segue atrás. Votaram na noite de ontem uma versão "melhorada" do pacote, aprovando com a esmagadora maioria.
Mas notícias ruins vêm em bando. Depois dos mercados americanos e brasileiros abrirem em baixa, ainda catando os caquinhos que sobraram, a dondoca largou mais uma, quando todos pensavam que o pior já tinha passado, que não tem certeza se o plano vai ser aprovado nesta sexta. Caraca, certeza ninguém tem e, se quiser dar sua opinião, dê em casa, escondida embaixo da cama, que ninguém no mercado quer ouvir.
Depois disso tudo, decidi não votar nos democratas. Nem nos republicanos.
"Meu nome é Enéas!"
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